quinta-feira, 7 de maio de 2009

Pós Virada: a iniciativa banhada em críticas











Inspirada no evento realizado em Paris cujo nome é La Nuit Blanche, aconteceu em São Paulo nos dias 2 e 3 de maio a Virada Cultural. Com cerca de 800 atrações que se apresentaram ao longo de 24 horas, o evento reuniu cerca de 4 milhões de pessoas espalhadas por museus, unidades da rede Sesc, Teatro Municipal de São Paulo, Centro Educacionais Unificados e palcos de rua.

Entre as atrações estiveram a cantora Maria Rita, que encerrou a festa na Avenida São João, o cantor Zeca Baleiro, a banda Nação Zumbi, entre muitas outras bandas, cantores, djs, companhias de dança e grupos teatrais. Fatos que merecem destaque especial como a homenagem feita durante as 24 horas ao cantor Raul Seixas, um dos músicos mais admirados do rock nacional e o delírio do público durante a perfomance de Reginaldo Rossi que teve sua uma hora e meia no Lago do Arouche caracterizada como o melhor show já feito pelo cantor.

A Virada Cultural proporciona ao paulistano a oportunidade de passear altas horas da madrugada pelas ruas do centro velho de São Paulo, fato inimaginável nos outros 364 dias pelo perigo que apresenta o centro da cidade, além de promover a interação entre culturas e pessoas de todos os tipos que dividem a enorme cidade. "O que é interessante é a mistura das raças e a troca de informações que acontece nesses locais cheios de pessoas ‘diferentes’", afirma o estudante Danylo Araújo de 18 anos.

Como em qualquer outro evento, logo após o início da semana já era possível encontrar inúmeras críticas em relação à Virada. A Folha Online divulgou o grande problema dos lixos. Os garis não davam conta do volume da sujeira nas ruas, os banheiros químicos não comportavam o número de pessoas, cheiravam mal, estavam imundos e inutilizáveis, por conta disso as pessoas urinavam nas ruas, o que ocasionava o mau cheiro. Irresponsabilidade da prefeitura a questão dos banheiros, mas quem foram os responsáveis pelos lixos fora das lixeiras?

Danylo Araújo afirmou que as ruas estavam bem policiadas e não viu problemas com assaltos e roubos, exceto certas perdas de celulares e carteiras, enquanto esteve no centro da cidade.

Alguns "críticos de plantão" poderiam dessa vez não lembrar apenas aspectos negativos e ressaltar questões como o elogiado policiamento, a organização e o funcionamento ininterrupto do metrô e a oportunidade criada desde 2005 de estar perto de tantas e de tão diversas formas de cultura, e elogiar o governo, responsável por essas 24 horas que encantaram não só paulistanos, mas pessoas do Brasil inteiro.

Parabéns a quem merece na hora em que merece!



Texto: Isabela Rios e Sofia Mikrute
Ilustração: Fabiana Bielo
Fotos: Priscila Azul, Silvio Tanaka e Luciana Figueiredo

3 comentários:

Gabiii disse...

Meeu!
virada cultural muito boa.
Curti demais o show da Maria Rita, acho que foi um dos melhores que eu já assistiiii!

Pô..parabens ai pelo blog..muito maneiro :)

Marcia disse...

Gostei muito do texto, está bem redigido, penso que o governo de São Paulo deveria tomar mais iniciativas culturais como esta, e reavaliar o centro de São Paulo, dando mais segurança aos que ali moram e transitam diariamente.

Erika Kodato disse...

A Virada Cultural é uma iniciativa maravilhosa, porém, é muito válido ressaltar a sujeira mesmo, estava uma vergonha. Procuro acompanhar o evento desde seu início e cada as atrações se tornam melhores e a sujeira maior. É muito triste porque sujeira não combina nadinha com cultura. Parabéns pelo blog por lembrar disso!